O Distrito Federal já experenciou as estratégias que podem reverter esse triste quadro de crises históricas, quando esteve a frente da Secretaria de Saúde, a ex-deputada Maria José Maninha. Perdemos essas sementes plantadas em todas as cidades, fruto do trabalho diário, de porta em porta, dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em todo o DF, acompanhados pelas equipes ampliadas com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e odontólogos.
As conquistas dessa época ainda se encontram na memória afetiva da população. Quem não se lembra do “Saúde em Casa”? Se a implantação dos ACS e da Estratégia Saúde da Família (ESF) não fosse interrompida, hoje, não estaríamos com a falência múltipla de todos os órgãos do SUS na capital da República, que poderia ser o farol a iluminar outras unidades da federação.
Uma ação de exemplaridade em como (re)estruturar os hospitais, fortalecer Atenção Básica/Primária em redes integradas nas diversas unidades e serviços: Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centro de Atenção Psicossocial (CAPs), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), entre outros serviços do complexo assistencial. Sem falar de inciativas que poderiam construir Cidades/Territórios Saudáveis.
Ao invés disso, vem as falsas propostas ou promessas eleitoreiras. E assim correm soltas as privatizações, terceirizações, quarteirizações quase integrais da saúde pública, iniciadas com um dos maiores patrimônios da rede assistencial que deveria ser 100% SUS. Falo do Hospital de Base, que, ao ser privatizado, em nada contribuiu para enfrentar a crise no setor. Esse foi o pecado original.