Por Fátima Sousa1 e Rogério Marzola2 *
No dia 16 de maio, a Faculdade UnB Planaltina (FUP) chega à maioridade ao completar 18 anos de sua inauguração. Concebida antes mesmo do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a FUP representou importantes esforços para a ampliação da oferta de ensino superior público através da expansão física e acadêmica da Universidade de Brasília, que também estendeu seu alcance à outras regiões administrativas com as Faculdades UnB Ceilândia (FCE) e Gama (FGA).
A implantação da FUP trás novas perspectivas para a expansão da UnB, ao mesmo tempo que se estrutura buscando no plano diretor a preservação de área de cerrado. E mesmo sendo concebida anteriormente ao Reuni, se estabeleceu de forma rápida, a partir da constituição e ação do seu corpo de professores e técnicos administrativos, refletindo assim na quantidade de cursos e vagas disponibilizados semestralmente, e na necessidade de expansão da infraestrutura.
Temos a aprender com os acertos e dificuldades vivenciadas nestes 18 anos, diante da necessidade de aprofundar a expansão da UnB, consolidando os projetos em curso, mas também estabelecendo novas regiões que demandam a presença da UnB no Distrito Federal (DF) e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF), para avançar no processo de ampliação da oferta, atenção para as ações de inclusão, e desenvolvimento social e econômico dos territórios.
A construção da FUP, FCE e FGA foi e segue sendo um trabalho hercúleo, objetivando um ensino superior público e democrático para alcançar os distintos extratos sociais, e demonstra, de forma inequívoca, que o maior patrimônio da UnB é a sua comunidade, capaz de grandes transformações. Essas que, ao mesmo tempo que sinalizam novos desafios e horizontes a serem alcançados, também demandam ações de consolidação deste atendimento de necessidades das comunidades territoriais envolvidas, bem como a defesa do binômio acesso e permanência, com a necessária assistência estudantil e a vinculação das ações do ensino com a pesquisa e extensão, consolidando uma UnB popular.
Parabéns à FUP e à sua comunidade, e que sigamos construindo a Universidade associada às necessidades nacionais da maioria da população, fortalecendo nossa identidade latino-americana, humanizando e ressignificando nossos fazeres, e referenciando nossas ações para uma consciência crítica, política, sem a qual a Universidade não conseguiria voltar-se à educação libertária e inclusiva.
* Professora associada do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília.1
* Professor da rede pública de ensino do DF, técnico-administrativo na UnB.2